2006-12-04

Coisa ruim!


Não parece mas é… um texto s obre música e o estado das coisas para quem o quiser entender assim! Fui a um concerto no antigo cinema Batalha! O nome do cartaz, não me era simpático, mas como alguém disse, até é um nome bonito e bem português… Entrei, não fui sozinho… e depois de um bom MOMENTO de espera, lá entraram os músicos, tudo normal! E eis que entra a diva… grande, cabeluda, cheia de tiques de… má cantora, mal vestida, mas muito mal vestida e, em conclusão, mais parecia uma… lontra! Opinião que se estendeu de imediato a quem estava ao meu lado, bem, pelo menos a um dos lados. E tanta publicidade ela teve, das boas, das melhores, até ouvi dizer que era a melhor do país e isto, numa rádio nacional! Era a Jacinta em toda a sua magnitude, e é grande! Dar uma oportunidade era o que se impunha no momento. Uma oportunidade, duas, três… enfim, sem brilho, sem novidade, sem conversa e ela bem tentou “…esta música foi cantada por muitos… bem, só a Ella…” cá para mim, Só Ella e Eu… que grande lata! Mas com muita esperteza, lá deixava os músicos brilharem um pouco e que com a insistência de quem parece que lhes está a fazer um favor, lá os apontava com uma manápula estendida em busca do aplauso do público. Insistentemente, dava o andamento com uma intensidade tal, que toda a música ficava absorvida por aquela contagem gritante, como se os músicos fossem crianças atabalhoadas e não fossem os únicos a saber o que estavam a fazer… Em resumo, o pior de Jacinta é definitivamente a Jacinta, e o melhor, além da minha companhia, foram claro está os músicos: Rui Caetano, Jorge Reis, João Lencastre e João Custódio. Mas que grande lata “Day dream tour”… só num bom pesadelo! E tantas excelentes cantoras no nosso país… mas o que veio esta cá fazer? Não entendo, mas hei de lá chegar!

P.S.: A imagem é uma verdadeira homenagem a um outra que se encontra um pouco pelas paredes da nossa cidade… qualquer parecença com a realidade é pura coincidência!


3 comentários:

AquiJazz disse...

eu não queria dizer isto, A SÉRIO, mas... "eu avisei"... lol...

RuiRodrigues disse...

Mas ver para acreditar...

Anónimo disse...

Eu queria antes de mais agradecer pela oportunidade de escrever algo aqui, neste espaço, sobre o que senti esta noite ao ver um concerto da Jacinta no Bflat. Ler o texto anterior fez-me sentir um pouco melhor e diminuir a sensação de nó no estômago que vivenciei nas últimas horas.
A Jacinta é realmente uma cantora muito pobre com uma voz débil, expressão e criatividade inexistentes, um timbre muito feio e uma técnica extremamente limitada...
...mas que tem uma grande vantagem: muita sabedoria na sua forma de gerir a carreira e entreter as pessoas. Sim, porque as pessoas gostam! Por mais incrível que pareça!!! Talvez sintam no início do concerto algum desconforto, mas não o querem bem admitir, porque supostamente ela é boa. É conhecida, famosa, ou seja, tem que ser boa. Com clichê atrás de clichê, lá foi ela conquistando o público, público este que até gosta muito de jazz porque até ouve Jacinta e que é completamente enganado por ela. Enganado por esta mulher arrogante que demonstra uma enorme auto-confiança e segurança em palco. Faz tudo parte da estratégia de espectáculo. As pessoas gostam, e ouvem com atenção uma criatura cheia de truques para cativar o público de forma a camuflar o seu triste canto. E é claro, dá muito menos trabalho bater palminhas e sair do concerto contente do que ouvir com os ouvidinhos bem abertos e avaliar. Ter uma opinião própria é realmente complicado para muitas pessoas. É muito mais fácil deixarem-se levar por uma cantora falsa, que não trabalhou o suficiente para ser boa cantora (a falta de talento penso que também não ajuda, mas disso ela não tem culpa), mas sim que trabalhou na promoção dela mesma a todo o custo. Parabéns Jacinta, realmente o mérito é teu. Parabéns pela música que dá arrepios, mas daqueles que pelo menos eu não desejo para mim. Uma experiência a não repetir.