Foi um bom início de tarde. Havia sol que disfarçava o frio que se fazia sentir, o que tornava o dia especialmente luminoso e com um cheiro a pinheiro como só naquele local. Escolhi um vocábulo, uma ideia e lá desatei a chorar. Não era um choro de lágrimas mas sim, de fome e sede. Que luxo! Duas fontes só para mim! Mas isso já lá vai bastante tempo. Muita coisa passou e outras que ainda custam a passar, mas lá se vai disfarçando o que ela tem de pior. Um retoque aqui, uma boa vontade ali e ela vai sendo “feita de pequenos nadas”. O dia acordou escuro, chuvoso e com muito vento à mistura, o que faz a combinação ideal para um convite à reflexão de “no máximo a primeira metade”. Não sou propriamente um “aniversáriamente” saltitão e festivo. Não certamente, por mais um troço ter sido construído, mas sim porque sinto sempre mais uma vontade de simples contemplação, de usufruto de pequenas situações que um dia como este pode trazer. Foi assim. Está a ser bom! Valeu bem a pena o esforço que é preciso em crescer e superar todas as crises. Há crises para todos os gostos. Dos dentes, das doenças sazonais, dos porquês confusos, do primeiro e dos outros dias de escola, dos namoros, dos amigos, das descobertas, das experimentações, adolescência… nunca mais acaba. Agora e como se não fosse pouco e só para chatear, é a crise dos 30… e por aí fora. Crise é a má vizinhança, o mau perder e o mau humor!!! Já não é simples sobreviver… é viver! A vida é bela… “poça”!!! Também vi o filme! E hoje tudo continuou, soube tão bem! Foi um avião, um cometa, uma torre…duas? Não!!! Foste tu! A loucura do costume… e lá estavam todos à janela a cantar… mas…”não tenho mão em mim!” QUE DOIDOS. Eram quase todos, muito bem representados e apessoados como só podem ser. Mas que colecção, quem os juntou? Só podias ser tu…! Cantam tão bem. Não sabia eu que isto era só uma ponta… e que ponta! Que o resto do mundo me compreenda, mas senti-me o melhor, o mais especial, o mais fora do normal, tinha acabado de nascer outra vez… sem a crise do choro e da sensação de “o que faço aqui!” Não sabia o que estava ainda para vir e até já estava “aniversariamente” saltitão, paspalhão e sorridente como se fosse a primeira vez… essa primeira vez em que és super-homem, que tudo é teu e que nada te pode acontecer. Que loucos… Que louca!!! Que paixão! Sim, tu a meu lado neste “no máximo a primeira metade”. Parece que estiveste sempre aí! E afinal estiveste. Mais um… mais outro… muito mais outro… e outro… e já sabem… assim como todos vós…hei-de…
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