Um tasco vê-se nos mais ínfimos pormenores. Ínfimos ou infinitamente grandes! Não é pelos espelhos ou sequer pelas mesas alinhadas três a três! Também não é pelos azulejos azulados a meias com uma parede azul. Nem sequer é pela porta da casa de banho ser vizinha chata da mesa da ponta…e abrir a porta para fora! Não o é certamente pelo cinzeiro sujo, posto à frente de qualquer um, nem pelo cheiro a churrasco frito…enfim, uma mistura de carnes… às 8.30h da manhã?!!! Também não será pelas folhas de publicidade sem erros de bom português, a anunciar o eterno menu do pequeno ou grande almoço! Não é pela simpatia materna e condescendente, com unhas de quem acabou mexer naquele carvão… ou então não, da dona ou mulher do dono! Não!!! Não é pelas latas de sumol fora de validade, no que ao pó se refere. Não será certamente pela arca frigorífica da Olá, digna de um talho ou de uma feira de sardinhas de São João! Mais uma mosca apanhada naquelas luzes…e esta era grande…
Não se vê um tasco pelas grades vazias de bebida em garrafa ou pelo relógio a precisar de renovar energias!
Um tasco vê-se nas borras de café deixadas nas bordas interiores e exteriores de um chávena patrocinada e na sua colher imaculadamente utilizada…sem mácula por clientes sem conta que vão sobrevivendo porque é o único tasco num raio de 10 metros?!!! Um tasco vê-se pela sua casinha de banho inutilizada por alguém distraído, não se sabe quando!... Aceitam-se apostas. Não percebo mas certamente que hei-delachegar!!!
2005-11-25
Um Tasco Tosco
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