É um papel burocrático, que visa melhorar e até oferecer sucesso aos nossos alunos. Ferramenta fundamental e indispensável, hoje em dia, para que um aluno que não fez nem faz absolutamente nada, consiga obter sucesso nos seus estudos. É de facto um pedaço de papel, com uma série de cruzinhas, que alertam a escola, os professores e os encarregados de educação de que esse aluno vai conseguir superar as suas dificuldades, mesmo que continue a não fazer nada. É um pedaço de papel que obrigatoriamente vai ter que dizer aos nossos dirigentes, que fizeram uma “grande coisa” e que esses alunos, por obra mágica do mágico Plano de Recuperação, vão por obra do espírito santo, ou dos santos dos nossos dirigentes políticos, obter as tão pretendidas competências. É um pedaço de papel que vale ao aluno, mais 45 min, 90 min, etc… dependendo das salas disponíveis numa escola, o prémio de poder recuperar, em pequeno ou grande grupo, as muitas negativas, maliciosamente atribuídas pelos professores. Assim, o Plano de Recuperação vai obrigatoriamente ter que ser avaliado por todos os agentes educativos. Entenda-se avaliação, como mais um papel milagroso que vai obrigar, como se o anterior não chegasse, a que o aluno tenha efectivamente e finalmente sucesso!!! Esta definição não fica por aqui… pois vai obrigar a que o aluno, como se de um confessionário de tratasse, a prometer que para o ano seguinte, ele vai finalmente começar a trabalhar nos seus estudos… há, há, há… Resta salientar um facto não menos importante. Estão preparados? Há turmas inteiras a usufruírem de forma obrigatória, do tão espectacular e pouco modesto Plano de Recuperação! Façam as contas e o sucesso já espreita nas nossas escolas.
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