2005-07-25
Um texto advertido
Posso começar com uma série de palavras que me fizeram recordar, o quanto me falta aprender, em palavras descritivas, sobre alguns aspectos da vida que nos rodeiam. Aqui vai: diabrite, acrimónia, malquerença, maledicência, puerilidade. É natural que estas palavras se possam aplicar, infelizmente, a demasiadas situações do nosso quotidiano presente e futuro. Boa expressão esta de quotidiano futuro! Com tanta preocupação pelo dia a dia, e só para citar algumas, temos todos os tipos de terroristas, as guerras, as religiões, a pobreza, os 21%, os insultos, o público e o privado, o futebol, os salários baixos, os salários altos, as novas doenças e as velhas, os velhos, os jovens, os vizinhos, os desempregados, os contratados, os incompetentes e os excessivamente competentes, os antipáticos, os excessivamente simpáticos, os maus condutores, as filas e as bichas intermináveis, o interior esquecido e o exterior sobrelotado, as cacas de cão na rua, as fraldas de derivados de bebés na rua, as lixeiras na rua e fora dela, os ladrões, os burlões, os “politicozinhos” e os politicozões”, os presidentes, generais, gestores e outros consumidores… e isto, é só para enumerar algumas das preocupações do dia a dia. Não temos outro remédio senão o de repartir toda esta diabrite, acrimónia, malquerência, maledicência e puerilidade, pelo quotidiano futuro, porque ainda temos que ter tempo para trabalhar, namorar, comer, beber, ler, conversar, ouvir, ser ouvido, passear, jogar, brincar, concertar, rir, cantar, saltar, saborear, pensar, observar, educar, ser educado, compreender, ser compreendido… e isto, é só para enumerar algumas das preocupações do dia a dia… esta foi propositadamente séria!!! Enfim, tudo vem aqui parar. É um grande saco, e um saco onde parece que todos se sentem confortáveis em falar e ditar sentenças. Aliás, aliás, é esta, mais uma preocupação do dia a dia! Nem todos temos de ditar sentenças sobre tudo, e muito menos sobre sacos alheios. Temos sim, que falar, pensar, discutir, observar, afinar, votar, ouvir, acordar, “desacordar”, acomodar, ser acomodado, mas teremos que deixar de sentenciar!!! AFINAL, NUNCA SERÁ SÓ DOS OUTROS QUE ESTAREMOS A FALAR!!!
E então, foi divertido? Se não foi, já sabem… hei-de…
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